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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Terror em Wall Street

Wall Street com Broad St., circa 1914. (foto da Biblioteca do Congresso Americano)
Uma bomba explode em plena Wall Street. Parece um cenário de um possível ataque terrorista nestes tempos de crise gerada pela especulação financeira, mas isso já aconteceu. Em 16 de setembro de 1920 — setembro não parece ser um mês de muita sorte para NY — uma caroça que carregava uma grande bomba foi colocada no cruzamento da Wall Street com a Broad St. A detonação matou 39 pessoas e feriu gravemente outras dezenas.

Naquela época, o principal edifício da esquina era bastante conhecido na cidade — ali era a sede do poderoso banco J.P. Morgan. Com base nas circunstâncias, a polícia considerou o ato como um ataque terrorista e uma tentativa de assassinato contra o próprio J. P. Morgan.

Embora algumas evidências tenham sido encontradas, o caso nunca foi resolvido e foi arquivado após 20 anos de investigações. Hoje acredita-se que o ataque foi executado por anarquistas italianos — possivelmente por um tal de Mario Buda, que teria ligações com Sacco e Vanzetti, os mais famosos anarquistas ítalo-americanos. Até 11 de setembro de 2001, o bombardeio de Wall Street era o ataque terrorista em Nova York com o maior número de vítimas fatais.


Ainda hoje, o velho edifício Morgan (à esq.) não foi reparado. As crateras e buracos deixados pelos estilhaços da bomba ainda estão lá (à dir.), para que ninguém esqueça de uma explosão ocorrida há quase um século.

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