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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Construindo o Futuro

Eis o pior pesadelo dos peões de obra: robôs na construção civil!!!


Basicamente, é um sistema robotizado de injeção e modelagem (extrusão) de concreto. Tal máquina tem sua ideia baseada no mesmo princípio da impressora de jato de tinta - só que em três dimensões. O processo é chamado de "modelagem de contorno" e é capaz de criar um edifício em questão de horas.

Tal invenção ainda está sendo projetada e testada em escala por Behrokh Koshnevis e equipe, na University of Southern California (Universidade do Sul da Califórnia). Os equipamentos já existentes são capazes de criar, automaticamente, paredes de até 1,82 m. de altura. O projeto conta com apoio e finaciamento da gigante Carterpillar, que atua no ramo de máquinas pesadas.

Nas palavras do próprio Koshnevis:
"O grande desafio em nosso centro tecnológico é construir uma casa com projeto customizado em um dia, reduzindo drasticamente os custos, os ferimentos, o desperdício e o impacto ambiental associados à construção tradicional. Poderíamos prover moradias mais acessíveis e até mesmo construir edificações extraterrenas com materiais disponíveis no local..."
Não é de se surpreender que até a Nasa esteja interessada no projeto. Com ele seria possível construir bases na Lua sem a necessidade de levar astronautas até lá. Uma possível missão tripulada do futuro poderia encontrar abrigos prontos. Obviamente, os custos também seriam mais baixos.

O vídeo a seguir apresenta o trabalho das máquinas em escala e em seguida, animações de computação gráfica mostram como seria o trabalho de verdade, usando dois sistemas diferentes: um fixo (grande e sobre trilhos) e outro móvel (pequeno e sobre rodas).



Eis algumas das minhas conclusões (ou dúvidas) pessoais:
  1. Será que tal equipamento seria economicamente viável, com produção em larga escala?
  2. Se uma impressora comum pode travar, quem garante que isso não pode acontecer com esse sistema? Imaginem se um troço desses "pega" um vírus? Teria de ser um vírus especializado, porém. Coisa feita especialmente para sabotar. Algo com espírito ludista.
  3. Consequências sócio-econômicas: A construção civil é um ramo da indústria que emprega muito. Se sistemas robotizados, como esse, chegarem ao setor, o que será dos peões-de-obra?
  4. Tal sistema, por outro lado, parece ser ideal para a construção de casas populares - projetos que exigem simplicidade e rapidez na execução.
  5. As animações não mostram, mas tais edificações devem ser dotadas de fundações se quiserem ser tecnicamente viáveis. As fundações também seriam feitas de modo automático?
  6. Os terrenos teriam que ser necessáriamente planos? Robôs com rodas não lidam muito bem com terrenos irregulares - os trilhos do sistema "fixo" também não.
  7. E quanto às paredes? Seriam inteiriças, certo? Como se comportariam tais paredes durante longos períodos de tensão causada pelo peso e variações térmicas, além da trepidação causada pelo tráfego? Uma parede comum, de tijolos, é relativamente flexível e, por isso, me parece mais durável.

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